27/07/2025 às 19:56
Fotos: Divulgação/Secom GOVSC
Santa Catarina é o quarto estado brasileiro em produção de bananas e o primeiro em exportações da fruta. A produção está concentrada principalmente nas regiões Norte e do Vale do Itajaí, com destaque para municípios como Corupá, Luiz Alves, Massaranduba e Jaraguá do Sul.
Uma das razões para este excelente desempenho é a sanidade vegetal, com ações de prevenção e controle de diversas pragas que prejudicam a bananicultura, como o Moko da Bananeira, o Mal-do-Panamá, a Traça da Bananeira e a Sigatoka Negra. Este trabalho é desenvolvido pela Cidasc, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, órgão oficial de defesa agropecuária do estado.
Para evitar a introdução de pragas, a Cidasc fiscaliza o ingresso de cargas de interesse agropecuário e orienta os produtores sobre medidas preventivas, como boas práticas culturais e plantio de mudas certificadas. Além disso, é realizada a fiscalização do processo de certificação fitossanitária, até a emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), de acordo com as normas técnicas e demais atos normativos relacionados à bananicultura.
Nesta etapa, a tecnologia tornou-se uma aliada dos engenheiros agrônomos da Cidasc. A observação aérea das áreas de cultivo com drones permite identificar, com agilidade e precisão, plantas com sintomas visuais das principais doenças da cultura, como folhas murchas ou com coloração características de algumas doenças. Com base nas imagens e na geolocalização, os profissionais podem localizar com mais rapidez uma planta doente.
Os equipamentos têm se mostrado importantes sobretudo na prevenção do Mal-do-Panamá, raça 4 tropical (Fusarium oxysporum f. sp. cubense TR4) – uma praga quarentenária ainda ausente no Brasil, mas de elevado risco para a bananicultura nacional.
Segundo o engenheiro-agrônomo da Cidasc Julio Vilperte, a Cidasc já iniciou trabalhos com drones multiespectrais, que possibilitam a geração de mapas de índices de vegetação, aplicados ao monitoramento fitossanitário das lavouras.
“Diversos trabalhos ao redor do mundo já demonstraram o potencial do uso de drones multiespectrais no monitoramento de lavouras de banana, especialmente no diagnóstico precoce de doenças como o Mal-do-Panamá, o Moko da Bananeira e a Sigatoka Negra. Em países da Ásia e da África, por exemplo, o uso de sensores com bandas no infravermelho permitiu identificar plantas com sintomas iniciais por meio de índices de vegetação, com taxas de acurácia superiores a 90%. Esses estudos mostram que, além de aumentar a eficiência das inspeções a campo, a tecnologia pode ser uma aliada importante na tomada de decisão e no direcionamento de ações de defesa sanitária, com grande potencial de aplicação também aqui em Santa Catarina”, destaca Vilperte.
A partir das imagens obtidas com uso dos equipamentos, os profissionais da defesa vegetal obtém dados sobre plantas saudáveis e com possível estresse fitossanitário ou nutricional, condição que as deixaria mais vulneráveis ao ataque de pragas.
O monitoramento por drones é apenas uma das ações desenvolvidas no programa sanitário voltado à bananicultura, implementado pela Cidasc. Entre as conquistas do trabalho de defesa vegetal, podemos destacar a erradicação do moko da bananeira e o controle da Sigatoka Negra, com ganhos para o produtor rural. As pragas vegetais não afetam a saúde humana, mas atingem severamente a produtividade: se há redução na quantidade de alimento produzido, toda a população é afetada.
Há décadas a produção de bananas possui certificação fitossanitária em Santa Catarina. As equipes da Cidasc realizam a fiscalização e auditoria das inscrições, habilitações, e controles do processo de certificação fitossanitária. Deste modo, os bananicultores catarinenses conseguem comercializar sua produção para outros estados e até para outros países.
/ Fonte: ASCOM | CIDASC
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