27/05/2025 às 14:59
A nova norma Certified Humane® para tilápias transforma a aquicultura, estabelecendo diretrizes rigorosas para alimentação, manejo e abate humanitário, e marca o Brasil no cenário global como referência em bem-estar animal e sustentabilidade.
A aquicultura é uma das atividades que mais crescem no mundo, e o Brasil se destaca na produção de tilápias, um peixe que se tornou símbolo do setor. Porém, com esse crescimento vem a necessidade de repensar práticas e garantir que o desenvolvimento seja acompanhado de responsabilidade ambiental e respeito ao bem-estar animal. Nesse contexto, a Humane Farm Animal Care (HFAC), organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos, lançou uma norma específica para a criação de tilápias.
A iniciativa, parte do programa Certified Humane®, cria um marco regulatório que transforma a maneira como essas espécies são produzidas, oferecendo uma alternativa sustentável e ética para consumidores e produtores.
O lançamento dessa norma tem respaldo científico e conta com a colaboração de especialistas em aquicultura, veterinários e pesquisadores. Com isso, o selo Certified Humane® passa a cobrir também a produção de tilápias, garantindo que sejam criadas em condições que respeitem suas necessidades naturais. Para o Brasil, onde a tilápia já figura entre as principais espécies cultivadas, essa diretriz representa uma oportunidade de fortalecer a imagem do setor e conquistar mercados que valorizam o compromisso com o bem-estar animal.
Regras que transformam o manejo: do berçário ao abate
A norma lançada define critérios para cada fase do ciclo de vida da tilápia, abrangendo desde o nascimento até o momento do abate. Os produtores devem seguir diretrizes que asseguram qualidade da água, densidade adequada de estocagem e manejo cuidadoso.
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Norma estabelece cuidados desde o nascimento até o abate, com padrões rigorosos de qualidade da água, manejo e bem-estar.
A prática de insensibilizar o peixe antes do abate é um dos pontos centrais, mostrando uma preocupação real com o sofrimento animal.
Além disso, o uso de antibióticos e hormônios para acelerar o crescimento é estritamente proibido, salvo em situações específicas de emergência e sempre com supervisão veterinária.
Outro destaque é o incentivo ao enriquecimento ambiental nos tanques, com estruturas que favorecem o comportamento natural dos peixes, como esconderijos e variações de profundidade. Essa medida não só melhora o bem-estar das tilápias como também contribui para a qualidade e o sabor do produto final que chega à mesa do consumidor.
Pilares para um cultivo responsável
A Certified Humane® estabeleceu uma lista de práticas obrigatórias que marcam a nova abordagem para a produção de tilápias:
Manutenção rigorosa da qualidade da água, monitorando parâmetros como oxigênio, pH e temperatura.
Definição de densidades de estocagem específicas para cada fase do cultivo.
Proibição do uso de antibióticos preventivos e hormônios, priorizando o uso apenas para tratamentos emergenciais.
Abate humanitário, com métodos que reduzem a dor e o estresse dos peixes.
Registro detalhado e auditável de todas as etapas do manejo, garantindo rastreabilidade e transparência.
Essas medidas não apenas aumentam a qualidade do produto final, mas também atendem a um público cada vez mais atento à origem dos alimentos.
Um novo horizonte para a aquicultura
A implementação dessas diretrizes marca um avanço significativo na forma como a aquicultura é vista e praticada. Não se trata apenas de um conjunto de regras, mas de uma mudança de mentalidade, em que o respeito aos animais e ao meio ambiente ganha protagonismo. Essa nova abordagem tem o potencial de reposicionar o Brasil como referência global na produção de tilápias responsáveis, abrindo portas para mercados exigentes e consumidores conscientes.
Referência da notícia: Referencial Certified Humane® da HFAC para Tilápia de Cultivo – Edição 2025.
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