Portal Cidadela

OPINIÃO

Que mundo é este?

12/08/2025 às 22:42

1- Incrível o que acontece neste país. 

As pessoas perdem a noção como estes que invadiram as mesas diretoras da Câmara e do Senado buscando impedir o funcionamento dos mesmos enquanto não votarem o que eles querem!

E o que eles querem? Nada mais, nada menos que anistia a todos os que tentaram um golpe de Estado entre 2022 e 2023, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, relator dos julgamentos dos golpistas além do fim do foro privilegiado para garantir que os processos contra quem tentou um golpe voltem à estaca zero.

Não é interessante? De jeito nenhum! O que se pode constatar é que a extrema direita mostra que a sua lealdade é apenas ao seu grupo político e que se dane o país!

O radicalismo na base do “ame ou deixe-o” adotado pelos apoiadores mais aguerridos de Bolsonaro é estimulado por gente graúda próxima ao ex-presidente como Malafaia e outros que incentivam a tropa do deputado Eduardo Bolsonaro que atualmente está auto-exilado nos Estados Unidos, mas é entusiasta da ofensiva trompista além de jornalistas como Paulo Figueiredo e muitos parlamentares. -

Na realidade queriam que Motta sumisse do país e do lugar que esteva para que amiguinhos da Câmara que está nas mãos de um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e irá colocar a anistia em votação. 

Ainda bem que Motta não aceitou o que queriam e o presidente da casa aceitar isso, estará em conluio com aqueles que tentam transformar o seu mandato na Casa da mãe Joana. 

Jair esticou propositadamente a corda da Justiça, descumprindo as cautelares impostas a ele pelo Supremo Tribunal Federal. Cavou uma decretação de prisão domiciliar, o que vem sendo usado por seus aliados para tocarem fogo no parquinho. A resposta do bolsonarismo mostra planejamento desse processo… - Para além da vitimização, que levou os bolsonaristas a invadirem novamente o Congresso Nacional que após quase dois anos e sete meses após a outra invasão de 8 de janeiro de 2023. Com isto deve levar mais seguidores às ruas nos próximos protestos e a prisão domiciliar pode impulsionar mais sanções contra o Brasil pelos Estados Unidos com mais ataques às instituições nacionais, mais tarifas e mais problemas aos cidadãos brasileiros.

A partir da semana passada passam a valer as tarifas de 50% impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros. Mesmo com a grande lista de exceções, as punições ainda causarão desemprego e fechamento de empresas. Entre as justificativas para elas, o governo norte-americano deixou muito claro que está com Bolsonaro.

Ou seja, na véspera do tarifaço, a extrema direita resolveu reforçar a chantagem norte-americana contra o Brasil confirmando que sua lealdade é ao seu grupo político e seu patriotismo a uma família. E o país que se dane!  Terrível!

Importante lembrar que Eduardo Bolsonaro quer não só salvar o pai que também o orienta e impôs derrotas ao país. A mais recente entrevista de Eduardo Bolsonaro demonstra uma tese inaceitável: ou ele obtém “100% de vitória”, livrando o pai de uma condenação ou aceita o destino de um exílio prolongado. Ele mistura delírio, ameaça e chantagem diplomática que serve para formalizar aquilo que já estava em curso: uma cruzada internacional contra o Brasil em nome exclusivo da família Bolsonaro.

O que se nota é que quanto mais aumenta a responsabilidade de Bolsonaro mais ele aumenta as sanções do Brasil independente de exportações, empregos, estabilidade cambial, porque o que lhe interessa é a situação de seu pai. Interessa-lhe apenas uma anistia ampla e irrestrita apenas porque assim apagará os crimes do pai. 

A ordem está dada: o país sangra, mas o patriarca não cai.

Acaba com o interesse nacional mas traz o prestígio do bolsonarismo enquanto piora a situação do judiciário brasileiro que pouco lhe interessa desde que a política externa do Brasil seja moeda de troca do que lhe interessa apenas. 

Alguém pensou em patriotismo? Faz-me rir! Interessa-lhe 

Apenas seu pai e sua família. Os outros que se danem!

Não me digam que ele sofre de insanidade! Não! Não é isto. Ele se apaixonou-se por ela e sente-se feliz principalmente quando sente que existem pessoas que que podem atuar como ele quer, mas principalmente quando alguém da turma diz que “os Estados Unidos não estão de brincadeira”. 

Cada nova postagem do filho de Bolsonaro é um torpedo contra o Brasil. A última que passou foi assim: 

"Para quem ainda não entendeu, os Estados Unidos estão dispostos a ir às últimas consequências para destruir todos os obstáculos ao resgate da harmonia entre os Poderes."… - Mas deu a entender que o Apocalipse americano alcançará as togas que se equipam para enviar Bolsonaro à cadeia e os parlamentares que conspiram contra a aprovação da anistia do "mito" e do impeachment de Moraes.

"Todos os que forem enxergados como peças e mecanismos desse sistema de 'ditadura de toga' serão atingidos para o bem do Brasil", alardeou o deputado… - Dedicado em tempo integral à sua cruzada antipatriótica, o que o filho de Bolsonaro declarou, com outras palavras, foi mais ou menos o seguinte: "A iminente condenação de papai atiçará a fúria Trump. Que não hesitará em decretar o Juízo Final. Para o bem do Brasil" 

Antes fosse assim

2- Exploração de crianças e adolescentes

Analisem! Parece incrível, mas o mundo está mudando e nós também! 

Gente, de acordo com a representante especial, a exploração sexual e o abuso infantil online são “um grande problema” pois mais crianças, predadores e agressores sexuais estão conectadas à internet.

Eu vejo quando chega minha neta e com seus quatro anos que chega a brigar pelo .......da vó. 

Temos que lembrar o trabalho infantil é tido como violência contra crianças porque normalmente os menores de idade precisam estar na escola e não trabalhando.

Crianças não são um problema a ser resolvido. Elas são um ativo para investir porque se não forem modificadas as mentalidades não será cumprida a promessa de acabar com o problema.

A atual dimensão das táticas usadas por abusadores pela internet para explorar sexualmente crianças ou jogos online nunca foi vista anteriormente. Atualmente a alta na extorsão financeira ou sexual tendo como alvo crianças porque elas carregam sua própria imagem e depois são ameaçadas e assim vai.

Uma das constatações é que 15% das crianças em todo o mundo relatam vitimização por cyberbullying. Outros 160 milhões delas ainda estão envolvidas em trabalho infantil.

Todos sabemos que há um número elevado das crises como deslocamento forçado, insegurança alimentar, pobreza, conflitos de disparidades sociais, crise climática e muitas delas são vítimas de violência no local de trabalho e do tráfico, de contrabando e da exploração sexual. Mesmo assim, o número de crianças envolvidas no trabalho infantil está subindo e são vítimas de violência no local de trabalho e do tráfico, de contrabando e da exploração sexual.

Tecnologias novas e em desenvolvimento, como inteligência artificial generativa, apresentam novos riscos à segurança das crianças online. Cerca de 15% dos menores de idade em todo o mundo relatam vitimização por cyberbullying.

Temos que pensar que há sérias preocupações com danos no mundo online, incluindo exposição a conteúdo violento e sexual, promoção de suicídio e automutilação, discurso de ódio, discriminação, racismo e xenofobia.

Entre os riscos que causam apreensão estão ainda o crime organizado, a circulação de armas, o tráfico facilitado pela tecnologia e o recrutamento para grupos criminosos, armados ou violentos extremistas.

Para muitas crianças, os autores da violência física, emocional ou sexual são pessoas de confiança das vítimas, incluindo pais e cuidadores, colegas, vizinhos, professores ou membros da comunidade.

Em mais de um terço dos países, pelo menos 5% de meninas relataram experiências de violência sexual na infância.  Em nível global até um quinto das adolescentes sofreu violência recente de parceiro íntimo.

A forma mais comum do tipo de abuso é a disciplina violenta cometida por cuidadores. Quase 400 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem regularmente agressão psicológica ou punição física em casa. O total equivale a 6% dos menores nessa faixa etária.

O relatório destaca ainda a redução do tipo de práticas prejudiciais, mas destaca que as taxas não acompanham o crescimento populacional.

Sexting, oversharing, cyberbullying com deep fakes: essas expressões pouco usuais podem ser desconhecidas da maioria das pessoas, mas deveriam merecer a atenção de pais de crianças e de adolescentes. 

Não podemos esquecer que os pais devem ficar atentos a situações que podem levar a abusos sexuais cometidos por pessoas estranhas, mas que podem estar a um clique de distância de seus filhos menores de idade, graças à facilidade de interação por meio de celulares, jogos online e aplicativos de troca de mensagens.

As redes sociais também podem facilitar o aliciamento e o abuso sexual de crianças e adolescentes. Por isso, os pais devem ficar atentos à utilização dessas plataformas.

Pergunta: “Você deixaria seu filho conversando sozinho com um adulto que você não conhece em uma esquina escura? Claro que não. Então por que você deixaria seu filho conversando sozinho com um adulto que você não conhece na internet? ”

Outra ameaça seria o cyberbulling, que consiste em intimidações no ambiente virtual. Há casos de montagens de fotos de adolescentes nuas com ferramentas de inteligência artificial, as chamadas deep fakes, que acabaram compartilhadas na internet com o objetivo de constranger as meninas.

Gente, temos o habito de compartilhamento fotos de meninos e meninas pelos próprios pais em redes sociais, podendo atrair a atenção de aliciadores e estupradores. Então, não esqueçam “Não coloquem fotos de crianças e adolescentes na internet”

Apesar dos riscos oferecidos pelo ambiente digital, a maior parte dos abusos sexuais cometidos de crianças e adolescentes acontece dentro de casa.  68,3% dos casos de abuso de menores se dão no próprio lar e 86,1% dos crimes são perpetrados por pessoas conhecidas.

Em 2023, o Brasil teve um número recorde de estupros: foram quase 75 mil casos, o que representou um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Desse total, 61,4% das vítimas tinham menos de 13 anos de idade.

A situação pode ser ainda pior, uma vez que boa parte dos abusos não são denunciados à polícia. Para mudar essa realidade, a Secretaria de Estado de Defesa Social e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente promovem a campanha “Fique atento aos sinais”. Já a Prefeitura de Belo Horizonte organizou a campanha “Faça bonito”, além de uma série de atividades de mobilização ao longo do Maio Laranja,

Temos que cuidar porque há uma violação de direitos muito cruel porque machuca o corpo, mas sobretudo o emocional. É muito importante quebrar o tabu e falar desse assunto, romper o silêncio e somar esforços para protegermos nossas crianças e adolescentes! 

Grande e afetuoso abraço! Saúde paz!!

Neusa Maria Breda / Colunista