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OPINIÃO

Política judicializada – um dia isso tem que acabar!

22/10/2025 às 19:07

Cada vez pior! É assim que pode ser classificada a política no Brasil. O voto só tem valido na hora de alguém ser eleito para um cargo. Depois, com a judicialização, o voto passa a ter pouco valor, principalmente na esfera federal, onde a atuação do Supremo Tribunal Federal, o STF marca o pênalti, chuta, faz gol, comemora e, sobretudo, vale!

As decisões da Primeira Turma, com 5 juízes, sobre ações de extrema relevância, têm sido contestadas por parte da imprensa, pela maioria dos parlamentares e boa parte dos brasileiros. O entendimento de cientistas políticos e de juristas sobre decisões da Suprema Corte, criticando-as, tem sido compartilhado, divulgado e comentado através dos diversos meios de comunicação. As sanções dos Estados Unidos contra Ministros do STF, em especial a Alexandre de Moraes, mostram que a vida dos supremos ministros não vai ficar fácil.

Luís Roberto Barroso, que era Ministro do STF, pediu aposentadoria bem antes do tempo em que seria compulsoriamente aposentado. Virou um chorão, um romântico contestado, um ex-juiz nomeado, não eleito e nem concursado, mas grandemente contestado. E fez cocô nos seus últimos instantes de toga: Votou para descriminalizar a prática do aborto, da mesma fo0rma que Rosa Weber o fez quando saiu. Mas, grave que é, ele ficou com o processo dos anos em dormência em sua gaveta, para trazer ao plenário no apagar das luzes de seu tempo de Ministro. Que coisa mais feia!

Diversas interpretações foram dadas à sua atitude, e uma delas é a de que se o Indicado para ser seu sucessor for o advogado Jorge Messias, o “Bessias” da Dilma, sendo ele evangélico, seria um volto a menos à aprovação. Então, a Constituição Brasileira anda nos trilhos da religião e das ideologias, em detrimento da lógica jurídica? Muita água vai rolar por debaixo da ponte, ainda, nessa questão.

Enquanto isso, a CPMI do INSS, vai tentando buscar as informações que permitam chegar aos verdadeiros culpados das fraudes que lesaram milhões de aposentados brasileiros. Descontos não autorizados e até assinaturas falsas em documentos estão sendo encontrados nas investigações.

E a imprensa tendenciosa, como fica? – Opiniões movidas a dinheiro, contratos, interesses de toda a espécie, o conceito da imprensa vai ladeira abaixo. Antes uma instituição de credibilidade, hoje está desacreditada. Ou, então, cada um acredita e aplaude o que fala aquilo que gosta de ouvir, e condena quem diz o contrário. Está difícil de acreditar em que deveria ser o norte para o cidadão comum.

As negociações do Brasil com os Estados Unidos - Cada um diz o que convém, mas existem alguns brasileiros, como o Deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, que têm estreitas ligações com membros do Estado Americano, em especial com Marco Rubio, que se reuniu com o chanceler brasileiro Mauro Vieira por 15 minutos, e mais 50 com a presença de assessores. Embora tenham divulgado nota conjunta sobre o encontro, é sabido que a coisa não foi nada harmônica. Alguns discursos do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em que vocifera contra Donald Trump, denotam que a coisa lá não foi nada cordial.

Ministro do STF Luiz Fux pede para mudar de turma – Na terça-feira, 21, depois de proferir mais um voto contrário ao demais integrantes da Primeira Turma do STF, em julgamento de mais um grupo de acusados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023, solicitou ao atual presidente Édison Fachin para mudar para a Segunda Turma, para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Barroso. Tem direito pela forma regimental do Supremo. Tendo se posicionado contra os outros quatro, que sempre votam fechados para condenar com penas severas os manifestantes ou organizadores do movimento, prefere navegar em águas menos turbulentas, mesmo tendo que enfrentar o decano Gilmar Mendes. Lembrando que Luiz Fux é o único integrante que é juiz de origem e tem posições claras em seus votos.

Euclides Riquetti / Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com