06/08/2025 às 17:17
Joaçaba é uma cidade acolhedora, com gente trabalhadora, cultura forte e papel regional relevante. Mas há algo que tem crescido descontroladamente em nossa cidade: o trânsito - caótico em muitos momentos.
Embora sejamos um município pequeno em extensão e população, enfrentamos desafios de mobilidade dignos de grandes centros. Engarrafamentos em horários de pico, ruas mal planejadas, falta de estacionamento, insegurança para pedestres e ciclistas. Soma-se a isso um transporte coletivo ineficiente, alvo constante de reclamações por atrasos, veículos antigos e baixa frequência.
A malha urbana, integrada com Herval d’Oeste e Luzerna, concentra mais de 43 mil veículos para cerca de 57 mil habitantes — uma proporção de 0,75 carros por pessoa, segundo o Detran de Santa Catarina até setembro de 2024. Na Avenida XV de Novembro — nosso principal canal de tráfego — foram registrados mais de 23 mil veículos em 24 horas, com picos acima de 1.700 veículos por hora. É esse volume que deixa nossa cidade congestionada e insuficiente para seu tamanho.
O transporte público tem se mostrado precário e pouco confiável. São ônibus antigos, horários irregulares e tarifas que não correspondem ao serviço oferecido. Isso faz com que o carro se torne a escolha preferida — retroalimentando o trânsito e agravando o problema. É um ciclo vicioso que só será quebrado com investimento real em mobilidade: novos contratos, renovação da frota, criação de faixas exclusivas para ônibus e políticas que incentivem o uso do transporte coletivo e de modais alternativos.
Já houve discussões e reuniões entre os municípios da microrregião (Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna), inclusive com promessas de um Plano de Mobilidade Urbana. Mas a população quer mais do que promessas: queremos ações concretas.
Algumas medidas que precisam ser tratadas com urgência:
• Diagnóstico técnico e transparente da malha viária e do fluxo de veículos;
• Reestruturação do sistema de transporte coletivo com foco na qualidade;
• Criação de rotas alternativas e readequação de sentidos de vias;
• Investimento em ciclovias, calçadas e acessibilidade;
• Participação popular no planejamento das soluções.
Chegou até mim recentemente uma proposta ousada: conectar a Avenida Barão do Rio Branco à Rua Duque de Caxias para desviar grande parte do tráfego da Avenida XV de Novembro. Através de inteligência artificial, foi possível visualizar esse cenário — uma inspiração para pensar fora da caixa, mesmo que o projeto envolva desapropriações e alto custo.
Mesmo se essa não for a melhor solução, ideias assim mostram que há alternativas criativas ignoradas pelo tradicional “não dá pra fazer”.
Uma cidade que não garante fluidez e eficiência no deslocamento perde em produtividade, segurança e qualidade de vida. Continuar ignorando o caos existente é aceitar uma Joaçaba engarrafada e desigual. É hora de cobrar, propor, participar — sem esperar que sejam os outros a resolver. Porque nossa cidade merece mais do que buzinas, espera e impaciência. Ela merece mobilidade, um futuro planejado e principalmente respeito ao tempo das pessoas.
Rodrigo Pedrini / Colunista
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