03/09/2025 às 18:16
As inconveniências de se ter um ambiente muito dependente de outro ficaram evidenciadas após as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos da América às outras potências mundiais, notadamente China, Índia, Rússia e Brasil. Aquele país está sendo governado por um Presidente impetuoso, Donald Trump, que sucedeu a Joe Biden, de perfil muito diverso do dele. Trump está fazendo para os estadunidenses aquilo que prometeu em campanha. Pode-se condenar suas atitudes, mas é preciso entendê-las.
No Brasil não é diferente. Luiz Inácio Lula da Silva prometeu um governo dirigido às classes sociais menos favorecidas e está fazendo isso. O próprio Bolsonaro tentou fazer aquilo que pregara em campanha, mas pelo confronto com o Judiciário acabou tendo seus projetos frustrados. Eleições sempre expressam a vontade popular. É preciso entender isso.
Vejo e analiso os discursos das cidades pelas suas lideranças, sua classe política, seu empresariado. Formam um sistema, agregam interesses, remam para um ou outro lado. Cidades precisam ter uma identidade e propagá-la. Algumas a têm, em outras as lideranças não conseguem nem sequer projetar um rumo. Ganhar eleições é o jogo. Ter projetos de Governo é a linha. Porém, cidades precisam de projetos de desenvolvimento. E, quando assim falo, quero significar o trilho do caminho da sustentabilidade, da independência, da interdependência. Tudo em seus termos adequados, ajustado, o que é uma tarefa difícil de se executar.
A glória de um prefeito ou de um governador é fazer muito, encantar seus eleitores, mostrar-se como um líder idealizador. Mas nem sempre os ideais do gestor são os mesmos da sociedade. Então, esta se divide. Nosso caso mais evidente é o de nosso País, onde temos uma classe política altamente dividida. O discurso para um setor, com rejeição ao outro, é péssimo, nada agrega e nada produz de bom. Só ocasiona conflitos e divisões. Está muito evidenciado o “nós e eles”, o “rico contra os pobres”. Tal divisão é nefasta, em nada nos ajuda.
A eficiência está no aproveitarem-se bem os recursos financeiros, fazer o melhor com aquilo que se tem. E ele acontece melhor nos municípios, depois nos estados. Em termos de Brasil é tudo uma decepção. Temos riquezas naturais para fazer inveja ao mundo, tempos clima favorável, a maioria da população trabalha e estuda, busca aprender a fazer sempre o melhor. O êxito vem como resultado do esforço, da determinação em se atingir objetivos, do conhecimento e da habilidade que temos ou não temos.
Os políticos são eleitos para atenderem às expectativas da população. Nem todos votam, mas todos têm a vida a ser vivida, não importa se crianças ou velhos. A classe ativa precisa produzir para manter a outra. Temos o básico, necessário, mas temos também o sofisticado, o que nos pode dar muito além do conforto. Tudo começa por termos o que comer, onde nos agasalharmos, ter saúde e energia para fazer aquilo que queremos ou daquilo que precisamos. Já ficamos no lucro quando não nos atrapalham, quando nos deixam ser o que queremos ser.
Os meios de comunicação nos desafiam, testam nossa razão, desafiam a sensibilidade, provocam para que se gaste, se consuma. Nos oferecem as facilidades do moderno, o encanto das coisas bonitas, a agilidade da automação, as temperaturas reguladas pelos aparelhos de ar condicionado, a visão em várias dimensões, a inteligência artificial. E, paralelamente, os aproveitadores agindo, tirando o dinheiro e o sossego tanto dos mais ingênuos como dos que se acham mais espertos.
Enquanto isso, o mundo continua a girar, as plantas continuam precisando de chuva e luminosidade, de fertilizantes naturais ou químicos, as águas descem pelos declives e os carros andam movidos a alguma forma de energia. Uns trabalham muito e pouco ganham, outros pouco trabalham e muito ganham. Conhecimento, esperteza, habilidades, capital, entusiasmo, sonhos, energia, tudo pode ser bom se tivermos saúde. Sem esta, de nada nos adiantará o resto.
Euclides Riquetti / Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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