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POLÍCIA

Isso é revoltante: Um mês sem respostas sobre o desaparecimento de Lusiane Borges

31/08/2025 às 02:13

Já se completa um mês do desaparecimento de Lusiane Borges Ribeiro, uma jovem que tinha sonhos, planos e uma vida inteira pela frente. Mas a ausência de respostas e a indiferença de um sistema que parece mais preocupado em proteger acusados do que em garantir justiça às vítimas, transformaram a dor de sua família em uma ferida aberta e revoltante.

O vazio e a angústia da família.

Cada dia sem Lusiane é um golpe que destrói pouco a pouco a esperança. A sensação é de abandono, de que a vida de Lusiane se tornou apenas mais um número nas estatísticas de desaparecimentos que crescem sem freios no Brasil.

O direito ao silêncio, uma proteção que fere as vítimas.

A legislação brasileira assegura ao acusado o direito ao silêncio, uma ferramenta criada em nome da democracia e do equilíbrio judicial. Mas, na prática, este dispositivo muitas vezes se torna um escudo para criminosos, permitindo que culpados se calem enquanto famílias agonizam sem respostas. No caso de Lusiane, esse direito se transforma em um muro, impedindo que a verdade venha à tona. A justiça se arrasta, e o sofrimento da família se prolonga. É preciso questionar: até quando a lei vai proteger quem pode carregar nas mãos o destino de vidas inocentes, enquanto as vítimas e seus familiares continuam à mercê da impunidade?

Reflexão necessária.

Casos como o de Lusiane mostram que a legislação brasileira precisa ser repensada. O direito ao silêncio é legítimo, mas não pode ser absoluto quando há vidas em risco ou quando se trata de crimes hediondos e principalmente desaparecimentos. A sociedade clama por leis que equilibrem o direito do acusado e o direito da vítima à verdade e à justiça.

Homenagem a Lusiane:

Lusiane Borges Ribeiro não pode ser lembrada apenas como uma estatística. Ela era filha, amiga, vizinha, mulher de sonhos e de luta. Sua vida precisa ser honrada, sua história preservada, sua ausência jamais naturalizada.

Hoje, em memória dela, é necessário que todos nós — sociedade, imprensa, autoridades — unamos forças para cobrar respostas, pressionar por investigações mais rápidas e exigir que casos como esse não caiam no esquecimento.

À família de Lusiane, que enfrenta o insuportável, resta o apoio coletivo. Que eles saibam que não estão sozinhos nessa busca. A dor de vocês é sentida por todos que ainda acreditam em justiça. Que a memória de Lusiane seja um farol que ilumine a luta por um Brasil mais justo, onde nenhuma família precise viver a tortura do silêncio, do descaso e da espera infinita.

/ Fonte: Oeste Online-SC