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Explosão na BR-101: PRF conclui laudo sobre acidente que incendiou veículos no Morro dos Cavalos

15/05/2025 às 12:56

Acidente foi registrado no dia 6 de abril no Morro dos Cavalos e deixou sete pessoas feridas (Foto: PRF, Reprodução)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu o laudo pericial sobre o acidente envolvendo um caminhão-tanque com combustível, que explodiu e incendiou 25 veículos na BR-101, no Morro dos Cavalos. A NSC TV teve acesso com exclusividade ao laudo que mostra que um fator determinante da ocorrência foi a perda do controle da direção pelo condutor da carreta depois de passar pelo redutor de velocidade. O caso foi registrado no dia 6 de abril, às 13h47min, e deixou sete pessoas feridas em Palhoça, na Grande Florianópolis. 

Segundo o documento, não foi possível realizar a inspeção do cronotacógrafo do caminhão, equipamento que inclui dados como velocidade, distância percorrida e tempo de trabalho do motorista, em razão de ter sido incendiado. Entretanto, conforme imagens gravadas por câmeras de videomonitoramento, é possível ver que o veículo transitava na velocidade de 57 Km/h, no sentido Porto Alegre. O limite máximo da rodovia é de 60 Km/h.

— A perda de controle indica que em algum momento o condutor não conseguiu manter a dirigilibidade do veículo. [Isto] pode ter vários motivos, desde um defeito na via ou defeito no veículo, ou até alguma imprudência do condutor em algum momento que levou a essa perda — explica Carlos Possamai, perito de trânsito da PRF/SC.

A perícia ainda aponta que o motorista transportava uma passageira não auxiliar, em desacordo com uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o transporte rodoviário de produtos perigosos. No momento do acidente, o caminhão carregava álcool etílico, conhecido por ser uma substância perigosa e altamente inflamável. 

Após o acidente, os ocupantes do caminhão foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento Sul de Palhoça. Depois do primeiro atendimento, o motorista foi submetido ao teste de etilômetro, cujo resultado foi negativo para a ingestão de álcool. Eles foram transferidos ao Hospital Regional de São José. 

A PRF, agora, produz outros estudos para analisar as condições da rodovia e a estrutura do caminhão que provocou o incêndio. O novo documento deve sair em até dois meses. 

Veículos atingidos e seguro para as vítimas 

Os 21 automóveis e três carretas atingidos pelo incêndio estavam em congestionamento de trânsito ocasionado por outro acidente, ocorrido momentos antes a cerca de 1 quilômetro de distância do local da explosão. O fato, segundo o laudo, contribuiu para o elevado número de veículos atingidos pelas chamas.

Após o combate ao incêndio, os veículos foram reposicionados na faixa de domínio da rodovia até que fossem removidos pelos respectivos proprietários ou, na impossibilidade, removidos ao pátio contratado da PRF em Palhoça. Alguns somente foram identificados em perícia após o resfriamento. As vítimas do acidente têm direito ao recebimento do Seguro DPVAT, diz o documento. 

Quem vai pagar por prejuízos dos carros queimados no Morro dos Cavalos?

O acidente foi atendido por equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria Municipal de Obras de Palhoça e AMBIPAR. 

Relembre a explosão no Morro dos Cavalos

O acidente aconteceu por volta de 13h30min no dia 6 de abril, quando o caminhão-tanque carregado de álcool etílico (etanol) tombou e, em seguida, explodiu. No mesmo instante, as chamas se espalharam pela rodovia. Sete pessoas, incluindo o motorista e a passageira da carreta, sofreram queimaduras e precisaram ser encaminhados para atendimento médico.

De acordo com a PRF, a carreta que vinha sentido Norte tombou sobre a via e interditou-a no sentido Sul (Porto Alegre) da rodovia, no Km 233, no Morro dos Cavalos, em Palhoça, município da Grande Florianópolis. 

Além do próprio caminhão, o fogo ocasionado pela explosão atingiu também veículos que seguiam no sentido Sul por conta da interrupção da via. O trecho da rodovia ficou interditado por quase 16 horas em ambos os sentidos e sendo liberado às 5h09min do dia 7 de abril.