10/09/2025 às 20:32
Estamos de fato enfrentando vários obstáculos onde todo erro é um aprendizado. Quando identificamos algo como “errado”, seja ele da gente ou de outra pessoa a percepção tende a se transformar. E quando isso acontece essa percepção se transforma. E nessa transformação ampliamos nosso terreno e, conhecemos de vez que aprendemos. Há consequências com certeza, mas podemos insistir na atitude errada e, aí cabe a nós decidir o que fazer. Puxa!
Entendo que o erro nos faz perceber de maneira mais rica a realidade. É o que chamamos de Tapa na Cara onde o poder toma conta e, emerge numa confrontação apreciativa da realidade, pois o erro é a sua mente, ou as concepções antigas dela, dando de cara com o real. Isso é doloroso? Sim. Mas fundamental. Aí vem Todo Ponto de Vista é a Vista de Um Ponto, ou seja, o “errado” só é visto assim no ponto de vista de cada um. A realidade é boa lembrar sempre é vista por alguém.
Certa vez, li uma história de duas pessoas que se encontraram pela primeira vez em um baile de máscaras. A “química” foi imediata e elas passaram a noite juntas. No outro dia, ao acordarem e conversarem, foram compartilhando suas histórias de vida, até chegarem a uma conclusão assustadora: eram irmãos. De repente, tudo que viveram foi absolutamente condenado no interior da mente de ambos, que nunca mais se viram. Terem vivido uma paixão foi um erro? Na cabeça deles, sim, e dos grandes.
Mas só foi porque o caldo cultural com o qual elas foram banhadas desde o berço lhes dizia isso. Se começarmos a enxergar os erros a partir de diferentes perspectivas, cada qual com seus ingredientes culturais e históricos, talvez isso nos faça perceber que nenhum erro é total. Dizem que há Beleza no Erro.
Eu li num livro uma vez uma técnica Kintsugi que é uma arte de cerâmica que utiliza pó de ouro, prata ou platina, destacando-as em vez de escondê-las e, assim reparar vasos quebrados.
A técnica se baseia na filosofia de que falhas e imperfeições, ao serem reparadas, tornam-se parte da história de um objeto e podem conferir-lhe ainda mais valor e beleza. O trabalho é uma metáfora para a superação e a resiliência na luta da vida que faz das pessoas mais maduras e belas quando superam suas dores.
E a velha frase que é: ERRAR É HUMANO. Cometer um erro é a maneira mais fácil, e ao mesmo tempo mais contundente, de chamar a atenção para nossa impermanência, incompletude e imperfeição. Isso é um lembrete de humanidade pulsante. Nossa sede de acerto logo após errar, porque as pessoas também acertam muito, é sim um reflexo do nosso ego, mas é, simultaneamente, nosso desejo de servir à sociedade, de contribuir para o bom funcionamento do universo.
Que tenhamos presença de espírito para, na ânsia de querer acertar, não condenarmos o erro, porque é ele que nos lembra, imediatamente, do quão humanos somos. E, sendo humanos, inconclusos por excelência, que saibamos nos juntar com outras pessoas para nos completar, e que tenhamos bom-humor para aceitar a existência, impossível de ser corroída, do erro em nossas vidas.
E para finalizar “EU ERREI” onde admitir um erro e comunicar isso publicamente, em um gesto de humildade e vulnerabilidade, é talvez uma das atitudes que nos conecta de forma mais profunda às outras pessoas. Mudanças muito positivas podem decorrer daí, porque o reconhecimento do que fizemos de errado é também a superação do medo de ir contra nosso ego, e isso contagia a todos.
Além disso, ao dizer com todas as letras que erramos, as outras pessoas ficam sabendo, e se ficam sabendo, ganham a possibilidade de nos ajudar. E essa ajuda pode ser essencial não apenas para o erro não ser cometido novamente, mas para desvelar novos modos de evitar o erro. Mas é tão bonito você admitir que errou e, pedir desculpas tentando evitar novamente... Mas se errar tudo bem...
Vamos para o acerto outra vez! “Atire a primeira pedra” ou “Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra. Uma frase de Jesus Cristo no Evangelho de João (8:1-11) onde ele usa para interromper o julgamento. ERRAR é APRENDER.
Boa semana, cuide de si e de todos. Aprecie a bebida com moderação.
Abraços de Gigi Maltez.
Gigi Maltez / Colunista
Cientistas estão cada vez mais perto de desvendar o mistério por trás da longa névoa cerebral causada pela COVID
Com o anúncio dos finalistas da região do Meio-Oeste, Festival Santa Catarina Canta encerra as semifinais em Joaçaba
Vereadora Jaqueline De Marco sugere ampliação de convênio entre Prefeitura e HUST
Caiu na malha fina do Imposto de Renda? É só conferir
Joaçaba lança sua nova marca turística: destino de fé, ritmo e movimento
Mulher tem prisão por tráfico de drogas, em Joaçaba
PM atende ocorrência de furto no centro de Joaçaba
Dupla é presa com mais de 19 quilos de maconha em Itajaí
Vereador Luiz Vastres sugere ampliação do Corpo de Bombeiros em Joaçaba