Portal Cidadela

POLÍTICA

Deputados do Oeste discute situação do CAR na reunião em São Miguel

10/06/2025 às 19:09

Cadastro Ambiental Rural (CAR)

O andamento dos trabalhos do Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi um dos temas debatidos pela Bancada do Oeste, em reunião realizada na manhã desta terça-feira (10), na abertura das atividades do Programa Alesc Itinerante em São Miguel do Oeste. A ampliação do Hospital de Caxambu do Sul, a rota turística Caminhos da Fronteira e a instalação de um CAPS em Ponte Serrada também foram abordados durante o encontro.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Economia Verde, Emerson Stein, apresentou aos deputados a situação do CAR no estado. O cadastro é um registro obrigatório de todas as propriedades rurais, visando à regularização ambiental, e sua realização é uma exigência, por exemplo, para possibilitar o acesso de proprietários rurais a recursos financeiros.

Segundo Stein, o trabalho tem sido realizado por meio de um comitê gestor, formado por cinco integrantes, entre secretarias e órgãos estaduais, como a Epagri e a Cidasc. Recentemente, foi autorizada a contratação de mais servidores e de um software para agilizar o processo. Além disso, uma diretoria específica para o CAR será criada dentro da secretaria.

“Os agricultores não podem esperar, muitos dependem desse cadastro para ter acesso a recursos”, disse o secretário.

Já o diretor da secretaria, Bruno Beilfuss, informou que a expectativa inicial é que todo o cadastro seja concluído em dois anos. No entanto, propriedades situadas em terras reivindicadas como indígenas não têm conseguido efetuar o cadastro, em função de restrições impostas pelo governo federal.

“A secretaria não consegue vencer esse obstáculo, não tem como fazer a inclusão no cadastro, quando a propriedade está toda inserida em área indígena”, disse o diretor.

Os deputados da bancada decidiram pela realização de uma audiência em Brasília, junto ao Governo Federal, para tratar do assunto. “Isso é uma violação de um direito à propriedade que foi adquirida legalmente”, afirmou o deputado Altair Silva (PP).

/