Portal Cidadela

GERAL

Até Quando?

25/04/2025 às 11:57

1-Nem com reza brava!! 

Os ministros do governo Lula deram início a uma gincana depois de o presidente cobrar soluções mágicas para conter a alta nos preços dos alimentos. Sem disposição para fazer reformas estruturais os governistas usaram a criatividade para propor desde a mudança no regime de limite de validade até a substituição de fruta comprada.
O governo acabou por adotar uma medida cosmética, a derrubada de taxas de importação para determinados produtos e jogou nas mãos do Banco Central a responsabilidade por conter a inflação.
No outro lado, os aliados de Bolsonaro correm atrás de uma forma de permitir que o ex-presidente, inelegível até 2030 por usar o cargo para colocar o processo eleitoral em dúvida, dispute as eleições de 2026.
A primeira idéia foi um projeto de lei para conceder uma anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Como a quebradeira na Praça dos Três Poderes faz parte do enredo da acusação da Procuradoria Geral da República contra os denunciados pela trama golpista, é de se esperar que Bolsonaro seja beneficiado de alguma forma pelo perdão. Acho uma palhaçada mas tem gente que se diz coerente, responsável e assim por diante que deve achar isto muito interessante.  
Além disso, qualquer mudança aprovada pelo Congresso Nacional para beneficiar o ex-presidente deve ir parar no STF, por contestações de seus adversários. A busca por alternativas que habilitem Bolsonaro para concorrer em 2026 evidencia a relevância política do ex-presidente para parte da direita brasileira. O PL conseguiu, mas os presidentes da Câmara e do Senado não demonstram intenção de pautar o projeto. Acredita-se que os aliados de Bolsonaro devem conseguir é uma comissão especial para manter o assunto vivo.
A dificuldade de pautar a anistia levou os bolsonaristas a mirar na Lei da Ficha Limpa, sob o argumento de que a legislação está sendo usada para punir apenas políticos de direita. Quanto coitadismo!
Mas a alternativa pegou mal porque conflita com o discurso anticorrupção de boa parte da direita. Apesar de não estar fácil vão achar uma forma de resolver o problema ou vão sair por aí em busca de gente que acreditem no coitadismo!

2-De PEC em PEC!
Após Bolsonaro virar réu por tentativa de golpe de Estado, seus aliados resgataram a Proposta de Emenda à Constituição ou PEC do fim do foro, aprovada no Senado em 2017. 
Caso aprovada, a derrubada do foro por prerrogativa de função como foro privilegiado, poderia tirar o processo do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal só que é difícil imaginar que os ministros do STF aceitariam isso sem reagir.
Neste mesmo mês, o Supremo ampliou o foro privilegiado para deputados e senadores, para julgá-los mesmo após eles terem deixado o cargo por renúncia, cassação de mandato ou em caso de maior bancada da Câmara, mas indica também que sua situação não é nada fácil.
Bolsonaro já está inelegível até 2030, e nem sequer começou a ser julgado por crimes que podem levá-lo a uma pena de cadeia por décadas. Sua única opção, no momento, parece ser tentar demonstrar alguma força nas ruas, para pressionar por medidas práticas no Congresso mas deveriam lembrar que  a primeira  tentativa, em Copacabana, não deu certo! Mas vem mais por ai! Podem crer!

3-Morte de crianças e adolescentes pela PM cresceu 120% no governo Tarcísio. 
Aumento da letalidade coincide com ascensão dos discursos contra câmeras corporais e mudanças no controle do uso da força. Entretanto a Secretaria da Segurança diz não compactuar com desvios de conduta e devem punir casos dessa natureza.
Causa estranheza que em Novembro de 2024 Gregory Ribeiro Vasconcelos, 17 anos, foi morto por sete tiros sendo quatro pelas costas, disparadas por policiais militares na comunidade do morro do São Bento, em Santos. 
Ele estava numa moto com um amigo de 15 anos, que ficou ferido, mas sobreviveu. 
Por incrível que pareça a PM diz que a morte de Gregory ocorreu em confronto, mas esta versão contestada. Os policiais envolvidos no caso não usavam câmeras corporais.
No mesmo dia e na mesma comunidade, Ryan da Silva Andrade dos Santos, de apenas 4 anos, brincava quando foi morto com um tiro no abdômen disparado por outro PM que também não usava câmeras corporais.
Já passou da hora de resolver este e outros problemas! Só não dá para aceitar o que está acontecendo e o faz de conta também. Até quando isto vai continuar?

4-Ela pulou de prédio para não ser morta pelo marido. 
"Eu não podia ser mais um número." É dessa maneira que a empresária Jhenipher Sabriny de Oliveira, 31, define a atitude que teve no dia 12 de fevereiro.
A mulher pulou da janela de um prédio, de uma altura de sete metros, para fugir do companheiro que ameaçava esfaqueá-la. O caso aconteceu em Contagem, MG, e o suspeito, de 32 anos, está foragido. Como sempre!
Com fraturas nas pernas, braços e na bacia, Jhenipher se recupera em casa dos traumas vividos nos últimos dias e conta que seu então companheiro se alterou após ela se negar a entregar a ele uma quantia de R$ 10 mil.
O dinheiro, em espécie, estava no quarto do casal e havia sido retirado da conta da empresa que os dois tinham juntos e que seria para o pagamento de contas no dia seguinte.
Diz ela: Eu estava no quarto e ele entrou alterado pedindo o dinheiro. Quando recusei, ele foi até a cozinha, pegou uma faca e veio em minha direção. Ele ameaçou me matar caso eu não entregasse o dinheiro e trancou a porta do quarto. 
Sem ter como sair do apartamento e com medo de ser assassinada, Jhenipher aproveitou um momento de distração do homem e pulou pela janela do quarto, caindo de uma altura de aproximadamente sete metros.
Segundo ela, quando olhou para o lado, lancei meu corpo para fora. Foi a única saída, disse ela. 
A queda resultou em fraturas nos pés, bacia, fêmur e punhos. Ouvindo os pedidos de socorro da mulher, vizinhos tentaram socorrê-la, mas o homem não deixou, alegando que a mulher estava "delirando". Ele mesmo a pegou do chão, a colocou no carro e a levou até um hospital da cidade.
Durante o trajeto, ela conta que ele continuou a ameaçá-la, dizendo que mataria seu filho e sua mãe caso ela denunciasse a agressão.
Ela foi internada no Hospital Municipal de Contagem, onde permaneceu por 12 dias, período em que o homem a acompanhou e continuou com as ameaças.
Mesmo dentro do hospital, ele impedia que familiares a visitassem, mantendo-a sob constante vigilância, segundo ela relata. O homem também proibiu que ela utilizasse o próprio celular e não deixava ela usar o aparelho sem que ele estivesse supervisionando.
Uma noite, após passar por uma cirurgia na bacia, eu estava com muitas dores. Meus pés estavam imobilizados, mas a cirurgia neles ainda não havia sido feita. Ele se aproximou da minha cama, falou diversos palavrões por eu estar com dores e apertou com toda força meus pés. Eu gritava de dor… 
"Eu estava muito fragilizada e com medo. Ele ameaçava me matar, e também matar minha mãe e meu filho", 
Quase duas semanas após dar entrada no hospital, Jhenipher conseguiu denunciar o companheiro ao convencê-lo a deixar o aparelho celular no quarto enquanto ele deixava o local para visitar um cliente. 
O aparelho foi deixado longe da cama da empresária, mas ela pediu para que uma enfermeira lhe entregasse o equipamento.
Com o telefone em mãos, ela ligou para uma advogada, que até então não conhecia, e relatou tudo o que havia vivido nos últimos dias.
A profissional percebeu a gravidade da situação, foi até o hospital visitar a empresária e ao deixar o local foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência e pedir uma medida protetiva para Jhenipher, além da prisão preventiva do suspeito por tentativa de feminicídio… - 
A Justiça acatou os pedidos, mas ele já havia fugido e atualmente é considerado foragido.
Para aumentar a proteção, Jhenipher teve a sua identidade trocada e ganhou escolta policial no hospital.
Após ter alta médica, a empresária foi para a casa de amigos, onde segue se recuperando. Por medo, o local é mantido em sigilo até mesmo de familiares.
Acredito que devemos repensar se vale a pena viver assim. Isso não é vida. Ela viveu assim durante nove anos mas deveria ter dado um basta logo. 
Teria sofrido muito menos. Não vale a pena!

5- Papa Francisco nos deixou
Na segunda-feira, aos 88 anos, Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco nos deixou. 
Líder da Igreja Católica por mais de uma década, o primeiro pontífice latino-americano também foi o primeiro jesuíta a ocupar o trono de São Pedro sem deixar fortuna mesmo porque assumil o compromisso da pobreza como princípio de vida.
Desde sua eleição em 2013, recusou os luxos do cargo: rejeitou os amplos apartamentos papais e preferiu viver na Casa Santa Marta, uma residência modesta dentro do Vaticano onde também almoçava com funcionários e mantinha uma rotina espartana. Seu papado foi marcado por austeridade, proximidade com os pobres e críticas abertas ao capitalismo desenfreado. Mesmo sendo cidadãos com direitos civis podem possuir contas bancárias, bens adquiridos antes da eleição papal, direitos autorais de obras publicadas e até propriedades herdadas de família.
No entanto, tudo o que um papa recebe ou produz enquanto está no cargo, inclusive lucros de livros e entrevistas, é, por tradição, revertido à Igreja. A distinção entre o patrimônio pessoal e os ativos do Vaticano é fundamental. É possível, por exemplo, que Francisco tenha recebido direitos autorais aos livros escritos antes de 2013, mas dificilmente teria acumulado qualquer renda relevante após assumir o pontificado. 
A prática de deixar testamento também existe entre papas. Embora raramente venham a público, esses documentos orientam o destino de eventuais bens pessoais. Francisco pode ter designado como beneficiário sua única irmã viva, Maria Elena Bergoglio, seus sobrinhos – ou instituições religiosas e sociais ligadas à Igreja. Em casos como o dele, com votos jesuítas, é possível ainda que a própria ordem tenha sido indicada como herdeira de qualquer ativo remanescente.
O Vaticano, por sua vez, mantém discrição quase absoluta quando o assunto é o patrimônio papal. O foco institucional recai sobre o luto, os funerais e posteriormente, sobre o conclave para escolha de um novo patrimônio papal. O foco institucional recai sobre o luto, os funerais e, posteriormente, sobre o conclave para escolha de um novo pontífice. Questões patrimoniais são resolvidas nos bastidores, longe. patrimônio papal. O foco institucional recai sobre o luto, os funerais e, posteriormente, sobre o conclave para escolha de um novo pontífice. Questões patrimoniais são resolvidas nos bastidores, longe do escrutínio público. 


Sentiremos sua falta!    Até sempre!
Ótima semana para todos. Saúde e paz sempre!
 

Neusa /