05/12/2025 às 16:38
Três mutirões de limpeza foram realizados em Joaçaba nos dias 08 de outubro, 27 de novembro e 02 de dezembro de 2025, em trechos de mata ciliar às margens do Rio do Tigre e do Rio do Peixe, na região central do município. As ações envolveram os Agentes de Combate às Endemias de Joaçaba e os bolsistas do projeto de pesquisa “Controle e Prevenção da Dengue em Joaçaba-SC: Desenvolvimento e Implementação de Estratégias Tecnológicas, Educativas e de Pesquisa”, desenvolvido por educadores da UNOESC – Campus Joaçaba e financiado pela FAPESC (Edital 37/2024).
Durante as atividades, foi recolhida uma grande quantidade de resíduos descartados irregularmente, entre eles pneus, garrafas de vidro e plástico, baldes, latas, bandejas de isopor e até uma piscina plástica.
Nas áreas urbanas, o descarte inadequado de resíduos sólidos favorece diretamente a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Materiais abandonados em locais inadequados acumulam água da chuva e tornam-se ambientes perfeitos para o depósito de ovos do inseto. Como o Aedes aegypti costuma utilizar pequenos volumes de água parada em áreas sombreadas, o lixo encontrado nas matas ciliares representa risco ainda maior de infestação.
A situação ganha relevância porque os mutirões ocorreram em matas ciliares, formações vegetais consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP) pelo Código Florestal Brasileiro. Além de proteger o solo e a qualidade da água, essas áreas são essenciais para manter a biodiversidade, funcionando como corredores ecológicos e abrigo para diversas espécies, como o angico (Parapiptadenia rigida), árvore típica da região. Sobre o angico se desenvolvem epífitas como bromélias e orquídeas — entre elas, a Brasiliorchis chrysantha, polinizada pela abelha-irapuã (Trigona spinipes), espécie nativa sem ferrão importante para a manutenção de ecossistemas naturais e cultivos agrícolas.
O acúmulo de resíduos nas APPs dos Rios do Peixe e do Tigre representa, portanto, dupla ameaça: de um lado, cria condições ideais para a reprodução do mosquito da dengue, colocando em risco a saúde da população; de outro, compromete o equilíbrio ambiental ao degradar o habitat de plantas e animais nativos, afetando diretamente a biodiversidade local.
As ações de limpeza reforçam a necessidade de conscientização sobre o descarte correto de resíduos e demonstram como iniciativas integradas entre poder público, universidade e comunidade são essenciais para proteger tanto a saúde quanto o meio ambiente em Joaçaba.



Marivânia / Assessoria de Imprensa PMJ
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