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OPINIÃO

Sem vai e vem!!!

04/06/2025 às 02:23

1- Será que vai? 

Fernando Haddad, ministro da Fazenda afirmou, na segunda-feira passada que o Brasil tem uma "caixa-preta" de R$ 800 bilhões em renúncias fiscais.    Só não contaram para nós!

Disse ele: "Ao invés de oferecer uma alíquota média de tributos menores para todo mundo, a gente resolve escolher os campeões nacionais que levam o grosso do Orçamento. Aquele que paga imposto fica prejudicado por aquele que fez do lobby a sua profissão de fé".

O ministro afirmou ainda que a reforma tributária, aprovada recentemente no Congresso Nacional, terá efeitos extraordinários sobre o ambiente de negócios no país.

Em seu discurso, Haddad afirmou que a carga tributária do país hoje é menor que há dez anos. "Temos desafios a enfrentar, sobretudo em relação ao equilíbrio orçamentário", disse o ministro, ressaltando que o atual governo federal assumiu, em 2023, com um déficit primário estrutural de 2%.

"Com apoio de parte do Congresso, estamos conseguindo avançar no sentido de estabilizar o Orçamento e criar as condições macroeconômicas para a indústria voltar a se desenvolver", afirmou Haddad.

O problema Haddad é que aquele que está lá como presidente continua como sempre foi: inconsequente, destrambelhado, sem noção e por aí vai. 

Para melhorar, Haddad disse na segunda-feira passada, que o atual governo descobriu uma "caixa preta" no Orçamento federal de R$ 800 bilhões com renúncias fiscais. 

"Falava-se muito da caixa preta do BNDES, e hoje a gente descobriu uma caixa preta no Orçamento Federal de R$ 800 bilhões de renúncia fiscal. R$, feitas momentos antes. "O BNDES está aqui mostrando a competência, a transparência que sempre teve, em proveito do empresário brasileiro", disse, citando que o setor industrial é uma ferramenta "importantíssima" para todos os países do mundo, sejam liberais ou socialistas, pois é dele que provém o aumento da produtividade, o emprego de qualidade.

"A gente precisa entender isso, e eu penso que o presidente Mercadante tem dado ao BNDES um toque de muita engenhosidade, no sentido de recuperar com instrumentos novos a capacidade de fomentar a indústria do nosso país, o emprego industrial e assim por diante. 

Sobre Educação, Haddad disse que se trata de uma área que, graças aos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi "endereçada" e passou a ter outra realidade após a atuação dos programas do presidente para permitir, entre outros, que o pobre pudesse sonhar com diploma de educação superior. "Sem isso, não tem indústria", garantiu.

Outra marca de Lula, segundo o ministro, é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

"Se a gente não tiver infraestrutura, não temos condição de competir. E nós retomamos os investimentos que minguaram e chegaram quase a zero até 2022. Não tinha mais obra no País de infraestrutura, não tinha mais ferrovia, não tinha mais rodovia, não tinha mais portos, aeroportos, não tinha nada acontecendo no Brasil", listou. Tudo muito bonitinho! Já estamos até cansados do vai e vem!

 

2- Tem cada uma!

Multas de R$ 898 mil aplicadas ao pecuarista Bruno Heller pelo Ibama por infrações ambientais prescreveram. Ele foi chamado pela Polícia Federal de "maior devastador" da Amazônia. 

O dito cujo sendo o maior devastador continua sendo o que é porque vale a pena. Estes valores são referentes a duas multas aplicadas no empresário há mais de dez anos e por isto não precisa pagar o valor. 

Prescrição ocorreu no fim do ano passado. De acordo com dados do Ibama, Heller foi autuado em 2008, na cidade de Novo Progresso, e depois em 2012, em Altamira também no Pará e tudo isto em decorrência de desmatamento e violação de regras ambientais. 

Em 2008, Heller foi multado em R$ 522 mil por destruição de 370 hectares de vegetação nativa da Amazônia sem autorização do órgão ambiental competente. Quatro anos depois, o empresário voltou a ser autuado, desta vez em R$ 375 mil, por descumprir embargo ambiental.

Ibama identifica e multa o infrator, mas nem sempre consegue receber. O processo pela infração, muitas vezes, acaba ficando parado, até que a multa prescreve.

O prazo de prescrição é de três a cinco anos. Será que não é suficiente? Por Favor!  Especialistas apontam que os principais motivos para a lentidão são a falta de servidores para analisar os processos e a constante judicialização dos casos.

Bruno Heller chegou a ser preso pela PF em 2023. Ele foi detido em Novo Progresso, em meio à Operação Retomada, que investigava esquema de invasão de terras da União e desmatamento para criação de gado na floresta amazônica.

Justiça autorizou o bloqueio de R$ 116 milhões, além do sequestro de veículos, 16 fazendas, imóveis e a indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado. O valor, segundo a PF, é o mínimo para o restauro ambiental das áreas afetadas- 

Heller e familiares se apossaram de mais de 24 mil hectares de terra ilegalmente, segundo o Ministério Público do Mato Grosso. Para efeito de comparação, área é maior que a da cidade de Recife. Segundo o órgão, o campo de atuação do pecuarista é a grilagem de terras no sudoeste do Pará, às margens da BR-163, um dos principais focos de desmatamento da Amazônia.

Autoridades concluíram que a maior parte abrange terras públicas dos governos federal e estadual que não foram convertidas em áreas protegidas, como territórios indígenas ou unidades de conservação. A falta de proteção aos territórios acaba atraindo grileiros, respondendo por cerca de 30% do desmatamento da Amazônia.

Falando sério. Não precisa ser especialista para dizer que está faltando atuação dos servidores no mínimo para analisar os processos, ver os prazos e atuar como deveriam e não aperar. 

Não dá para aceitar isto tudo. Ele continua a fazer o que bem entende porque nada acontece. Já passou da hora de atuar seja quem for.  Enquanto houver o faz de conta nada acontece legalmente. 

 

3- Muito triste!

“Ela só tinha 22 anos. Tinha um sonho, um projeto. Ela queria viver, ter um futuro, seguir em frente”. Mas o que aconteceu? 

Millena Vitoria Garcia, que foi morta em novembro de 2024 pelo ex-marido e o que é muito pior: na frente dos 2 filhos de 2 e 5 anos.

O corpo da jovem foi colocado dentro de uma geladeira, na casa em que ela estava morando sozinha com os filhos depois de se separar de Marcos Vinícius. A primeira pessoa a chegar na cena do crime foi o padrasto da moça, que a criava desde os 3 anos e a tinha como filha.

Esse é um dos assuntos abordados na série especial do g1 "Até quando?". 

A família conta que o relacionamento do casal era conturbado, que começou quando a jovem tinha 16 anos. Em pouco tempo, eles foram morar juntos e tiveram o 1º filho. Mas, ao longo do tempo, a jovem passou a ser vítima de violência doméstica.

O ex não aceitava a separação e a matou 20 dias após o término, mas ele disse: ‘Você não vive longe de mim! Se não for comigo, não vai ser com mais ninguém! Você não vai viver! ’. 

Marcos Vinícius se entregou à polícia horas após o crime. Ele responde por feminicídio e ocultação de cadáver. “Sempre foi um relacionamento que a mãe sente quando não vai ter um futuro legal, mas ela insistiu no namoro. Foi um relacionamento muito conturbado, com ciúme, agressão física, psicológica, moral, todo tipo de agressão que possa uma mulher viver na presença de um homem ela passava mudar. Mesmo com as agressões, ela ainda tinha esperança de um casamento feliz. Mas, como o homem também estava sendo agressivo com as crianças, ela decidiu dar um basta na relação.

Ela estava alegre, feliz, queria fazer cursos, trabalhar, mesmo que fosse de bico, ela adorava a área da estética”, relata a mãe.

“A gente tinha esse projeto, ela ia trabalhar, e eu, ficar com as crianças. E ela ia estudar à noite. Ela estava alegre, crendo que ia ter uma vida nova”, diz Fabiana. Os dias que antecederam o crime foram de agonia para Millena. Ela foi morta em uma segunda-feira no início da manhã, mas desde sexta estava aflita pois o ex tinha pedido para levar o filho mais velho para ver a avó paterna. Horas depois, ele começou a enviar mensagens dizendo que ela nunca mais veria a criança, pois ele não devolveria o menino.

A família pretendia ir até a delegacia na segunda caso ele não retornasse com a criança, mas não deu tempo. Por volta das 7h, ele chegou na casa dela com o garoto. Ao abrir o portão para receber o filho, ela começou a ser agredida

No dia seguinte, o pai soube no IML que, pelo menos na região do rosto e pescoço, foram identificadas 25 facadas.

A criança viu tudo aquilo. “Ele não sabe falar o número 25, mas ele estava falando quantas vezes ele viu aquela faca entrar e sair do corpo da mãe dele. E isso se estendeu pela madrugada inteira, de 30 em 30 minutos. O menino queria desabafar, e a gente não sabia o que fazer”, afirma o avô.

"Não fica esperando o pior acontecer achando que vai ter uma mudança. Não aceite agressão de forma nenhuma, nem o primeiro grito, nem te privar das coisas”, aconselha. 

“Minha filha conseguiu colocar um ponto final. Estava feliz, alegre, com vontade de viver mais do que nunca pelos filhos. Meu conselho é que essas meninas conversem com as mães. A mãe quer sempre o bem, ouçam mais as pessoas mais velhas, peçam socorro”, completa.

Uma coisa tenho a certeza: de nada adianta tentar viver desta forma maluca sofrendo e sabendo que não adianta nada o faz de conta.  Acredito que tudo na vida tem começo, meio e fim e por isto de nata adianta fazer de conta que é feliz. 

É difícil ter de admitir que nos enganamos de caminho. Mas o mais difícil é pensar que vamos decepcionar outros. Adianta “o que os outros vão pensar” ? Esqueça os outros. Pense em você. Esqueça o faz de conta. Acredite no amanhã e na nossa capacidade de saber viver e não no faz de conta! As encruzilhadas existem mas temos que estar atentos nelas. Sabemos ao menos que estamos no caminho certo. Acredite em você. Se você não acreditar em você quem o fará? 

Acredite em você, na sua competência e supere todas as angústias. 

O amanhã é seu e sempre o será. 

Grande afetuoso abraço!

Neusa Maria Breda / Colunista