OPINIÃO

Mazelas do Trânsito

26/06/2025 às 14:47

Mobilidade no trânsito limitada, sinalização deficiente, incômodos para motoristas e insegurança para os pedestres.

Nossas cidades estão cada vez mais abarrotadas de veículos. Carros, caminhonetes, caminhões de todos os comprimentos e tonelagens, ônibus, vans, motocicletas. E isso é um fato que se verifica na maioria das cidades brasileiras. Joaçaba, Herval, Luzerna, Capinzal e Ouro não fogem à regra. Seus departamentos de trânsito registram milhares de veículos automotores emplacados. É um dinheirão em IPVA paga e que beneficia estado e municípios. É combustível sendo queimado, gastos em lojas de pneus, oficinas mecânicas, postos de lavagem, borracharias. E, agora, temos também a presença de veículos híbridos e elétricos.

Nossas ruas foram projetadas e um século, As centrais com dimensões adequadas ´para sai época. As entradas e saídas das cidades com largura menor do que as do centro urbano. Os gestores do passado foram mais visionários do que seus sucessores. A encrenca está posta e as soluções para a mobilidade do trânsito não acontecem.

Nos dias chuvosos ocorridos em junho, em Joaçaba, principalmente, estava muito difícil de se encontrar em ligar para se poder estacionar veículos. E algumas vagas estão tomadas por coletores do lixo urbano. Em alguns períodos, como entre 7,30 e 8,30 da manhã, 11,30 e 13,30, ao meio-dia, e 17 até 19 horas o caos se instala nas cidades já mencionadas. As soluções são apontadas pela imprensa, os vereadores cobram, as administrações até que se esforçam para irem resolvendo, mas estão longe de acontecer. Colocaram-se nas ruas e garagens muito mais carros do que nossas ruas podem comportar, as pessoas se habituaram ao transporte individual, e nossa realidade é cruel.

Além de colisões e atropelamentos, infelizmente, temos também uma sorte grande de problemas. Um dos mais sérios é o que acontece com os caminhões que transitam pela cidade e, guiados pelos seu GPS, ingressam em ruas estreitas ou sem saídas. Alguns dos casos mais frequentes são os que acontecem ali na Praça Doutor Aluar e que são dirigidos para a ilha que se localiza além de um supermercado. Aliás, até a vida dos pedestres está prejudicada pela falta que lhes faz a passarela que foi projetada e licitada, mas que por questões legas e burocráticas está com elevado atraso. A reclamação da população é grande!

Aqui no meu Bairro, Nossa Senhora de Lurdes, na rua Albino Sganzerla, é frequente a presença de carretas que dão de cara com a APAE, numa esquina apertada, pela qual não conseguem transitar. A volta até as proximidades da creche local é uma aventura insólita. O condutor precisa de muita habilidade e sorte para poder dar solução ao seu problema. Na que vai do trevo do Hotel Joaçaba até o Clube Comercial é habitual caminhões nos solicitarem informações sobre a ida para Herval d ´Oeste, pois vêm do Oeste e são guiados para a passagem da antiga estrada que foi substituída pela BR 282.

Nada se compara, porém, com o que acontece na Rua Augusto Arbugeri, a chamada Rua do Mato. Ainda na terça-feira, ao amanhecer, um caminhão ficou entalado ou enroscado numa curva. A situação foi das 6,30 até às 14 horas para que ficasse resolvida. Foi o assunto do dia nos meios de comunicação e nas ruas e praças. A explicação dada é a de que o portal de limitação que fora colocado na parte alta da rua foi destruído por um outro veículo e ainda não foi substituído. A emenda foi muito pior do que o soneto. Um cidadão sugeriu que deveriam criar um GPS só para os caminhoneiros: “Inventam tanta coisa que poderiam inventar um especial para os motoristas de caminhão”!.

Mas, enquanto o novo GPS não vem, o melhor é a adoção de uma sinalização mais visível, progressiva, já bem aquém dos locais onde acontecem os casos. A adoção de portais com limitação de altura ou até de largura de veículos para esses locais é imprescindível. A comunidade pode sugerir, mas pouco adiantarão as sugestões se não se adotarem projetos ousados para resolução dos problemas.