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Gripe aviária: 16 países suspendem restrição à carne brasileira

20/06/2025 às 17:33

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nota na terça-feira (24) informando que 16 países retiraram as restrições à importação de carne de aves do Brasil, após o caso de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul.

Integram a lista Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Egito, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Vanuatu e Vietnã. 

No último dia 18, o Brasil voltou a ser um país livre da influenza aviária após ter cumprido os protocolos internacionais que preveem, entre outras medidas, o prazo de 28 dias sem novos registros em granjas comerciais. 

Um único caso confirmado em estabelecimento comercial foi registrado em uma granja no município gaúcho de Montenegro, no dia 16 de maio. A confirmação da doença foi feita no dia 22 de maio, após a conclusão da desinfecção da granja contaminada. 

No momento, 14 países, mais a União Europeia, mantém o embargo total à exportação da carne brasileira. Mais 19 países, além do Reino Unido, estão com a suspensão restrita à carne proveniente do Rio Grande do Sul. Catar, Emirados Árabes e Jordânia estão com a exportação suspensa apenas para produto oriundo do município de Montenegro. 

O ministério informou que permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores para prestar todas as informações técnicas necessárias sobre o caso.

“As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível.” 

ANTERIOR: Governador Jorginho Mello solicita retomada das exportações de frango de Santa Catarina para a China

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, aproveitou a reunião com o vice-ministro da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC), Zhao Zenglian, para reforçar o pedido de retomada das exportações de carne de frango do Estado ao mercado chinês. O encontro aconteceu nesta terça-feira, 24.

Santa Catarina é hoje o segundo maior exportador brasileiro de carne de frango para a China. No entanto, após a confirmação de um foco isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul, o governo chinês suspendeu temporariamente todas as compras de frango provenientes do Brasil, como medida preventiva.

“Nós somos o estado que mais cuida da sanidade animal. Temos como exemplo o Japão, um dos compradores mais exigentes do mundo, que é o maior importador da carne de frango catarinense. Eu não tenho dúvida de que os chineses também entenderam o valor que damos ao sistema de defesa agropecuária de excelência que entregamos ao mundo com um trabalho sério de prevenção”, disse o governador.

Ao mencionar o exemplo do Japão, o governador destacou que o país, reconhecido por ter um dos sistemas sanitários mais rigorosos do mundo, analisou tecnicamente a situação e decidiu manter as importações de carne de frango de Santa Catarina, por entender que o foco da doença está restrito a uma única cidade do Rio Grande do Sul. Jorginho Mello destacou ainda que Santa Catarina nunca registrou, em toda a sua história, nenhum caso de gripe aviária em granjas comerciais, justamente graças ao rigoroso controle sanitário adotado pelo Estado.

“O sistema de defesa sanitária animal de Santa Catarina é referência, reconhecido internacionalmente. Nosso compromisso é reforçar, com base em evidências técnicas e diálogo institucional, que Santa Catarina oferece segurança para a retomada das exportações de carne de frango”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.

Durante a reunião, a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, apresentou detalhes técnicos sobre as medidas de biossegurança e o isolamento preventivo estabelecido entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul para garantir a proteção do rebanho catarinense. “A atividade da Cidasc é promover a saúde, por isso a defesa sanitária em todas as cadeias produtivas da nossa agropecuária é um trabalho constante”, reforça Celles Regina de Matos.

Por fim, o governador Jorginho Mello convidou as autoridades chinesas para uma visita oficial a Santa Catarina, com o objetivo de apresentar in loco o nível de controle sanitário do Estado. A comitiva chinesa sinalizou positivamente ao convite, abrindo caminho para o avanço das negociações.

 

O objetivo da missão é ampliar a conectividade regional em Santa Catarina, entre eles o aeroporto Santa Terezinha, de Joaçaba. (Fotos: Divulgação /SECOM)

Além da aquisição de aeronaves, as negociações avançaram para um projeto ainda mais ambicioso: a instalação de uma linha de montagem da fabricante chinesa em Santa Catarina

 O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, visitou nesta quinta-feira, 20, uma das maiores fábricas de aviões da China, localizada na cidade de Harbin. A unidade pertence a um dos maiores grupos industriais chineses, com mais de 500 mil funcionários e décadas de experiência na produção de aeronaves civis e militares que hoje voam em diversos países ao redor do mundo.

O objetivo da missão é ampliar a conectividade regional em Santa Catarina. O estado conta atualmente com 23 aeroportos regionais e busca alternativas para garantir voos regulares que impulsionem o desenvolvimento econômico em todas as regiões.

Durante a visita, o governador conheceu uma aeronave com capacidade para 20 passageiros, que pode ser facilmente convertida para transporte de cargas — exatamente o tipo de avião que atende às necessidades do Estado.

Maior polo aeronáutico da América Latina.

Além da aquisição de aeronaves, as negociações avançaram para um projeto ainda mais ambicioso: a instalação de uma linha de montagem da fabricante chinesa em Santa Catarina. Uma empresa catarinense do setor da saúde lidera as conversas e estuda, junto com o grupo chinês, a criação daquele que poderá se tornar o maior polo aeronáutico da América Latina.

“É uma negociação entre entes privados, mas que interessa o nosso estado. Tanto a compra de aviões para proporcionar voos regionais, quanto a instalação de uma linha de montagem que vai gerar empregos e recursos para Santa Catarina”, afirmou o governador Jorginho Mello.

A proposta é vista como estratégica para atrair investimentos, gerar empregos e transformar o Estado em um hub logístico e industrial de aviação regional no continente.

Durante a visita, o governador conheceu uma aeronave com capacidade para 20 passageiros, que pode ser facilmente convertida para transporte de cargas (Divulgação)

/ Agência Brasil