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POLÍCIA

Contrato do Master com mulher de Moraes previa pagar R$ 129 mi, diz jornal

09/12/2025 às 13:21

Viviane Barci de Moraes e Alexandre Moraes - Imagem: Raquel Cunha/Folhapress 

O contrato do Banco Master com o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do STF Alexandre de Moraes, previa um pagamento de R$ 3,6 milhões por mês durante três anos — o que totalizaria R$ 129 milhões.

As informações foram reveladas pela colunista do jornal O Globo Malu Gaspar.

O que aconteceu

Documento com essa informação teria sido encontrado no celular de Daniel Vorcaro, dono do banco. O aparelho foi apreendido pela Polícia Federal durante a operação Compliance Zero, que prendeu Vorcaro em novembro.

Pagamento total de R$ 129 milhões ocorreria apenas no caso de cumprimento integral do contrato. Segundo o jornal, o documento dizia que o escritório Barci de Moraes deveria representar o banco onde fosse necessário, com remuneração de R$ 3,6 milhões mensais por 36 meses, a partir do início de 2024.

O banco foi liquidado e, por isso, o contrato extinto. Segundo O Globo, o valor total não foi pago, já que o acordo não foi cumprido integralmente. "Tudo indica, porém, que o escritório foi regiamente pago enquanto possível, porque nas mensagens com a equipe Vorcaro deixava claro que os desembolsos para Viviane eram prioridade para o Master e não podiam deixar de ser feitos em hipótese alguma", afirma a coluna de Malu Gaspar.

Além de Viviane Barci, os filhos do casal também atuam no escritório. O UOL tenta contato com o grupo e atualizará o texto, em caso de resposta.

Vorcaro já foi solto 

Preso por suspeita de fraude em uma transação bilionária, Vorcaro foi solto 12 dias depois. Na decisão, a desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou o uso de tornozeleira eletrônica e o cumprimento de outras medidas restritivas durante as investigações.

A investigação diz que o Master fabricou carteiras falsas de crédito. A acusação cita ainda que o banco de Vorcaro teria usado uma empresa de fachada para comprar créditos de dívidas de R$ 12,2 bilhões entre janeiro e maio deste ano. Os produtos de investimento irregulares teriam sido vendidos ao BRB.

/ Fonte: UOL